18.2.08

Unidos pelo álcool

O titulo é exagerado. Na verdade, contam-se pelos dedos de uma mão as vezes em que Playmaker e Leftwinger se entregaram juntos aos delírios do exagero alcoólico. Foram tão poucas vezes que achei possível enumerá-las, a ver se não me esqueço de nenhuma.

Tudo começou no já longinquo ano de 2002, durante um super arraial. Nessa noite apenas eu fiquei alcoolizado. Se os registos estiverem correctos, uma explosiva mistura de cerveja com uma lancinante “dor de corno” (cujas razões para aqui não são chamadas) fizeram de mim uma triste amostra de gente. Playmaker não podia ficar indiferente. Com um abraço de amizade e um convite para um fim de semana mais a sul, lá conseguiu reavivar o amigo e juntos, já sem alcool, dançámos ao som do Furacão do Brasil.

Uns meses à frente, a bebedeira foi internacional. Em Paris o vinho era novo, as garrafas faziam de copo e a festa animada. Memorável essa noite... Casacos roubados, t-shirts para o lixo, espanhóis embriagados... Havia de tudo, até uma caminhada pela madrugada, em que a inconsciência do álcool nos tirou o medo e o frio. Tavas bonito Playmaker, ainda te vejo a cuspir as borras secas dos lábios, no dia a seguir...

Arraial de novo, desta feita na primavera de 2003. Tava bom tempo e os rapazes estava desprendidos, bem dispostos. Correram tudo o que era barraquinha, chatearam tudo o que era gente, levaram cortes de toda a gente... Se bem me lembro, foi nesse arraial que lançei um piropo inesquecivel: “Pareces uma personagem manga”. Escusado será escrever que a pobre miúda fugiu a sete pés, como uma verdadeira manga faria. A miúda de Quimica não parava de dizer que se chamava Paula, mas já só ouvia Maura... No meio disto tudo, num passe mágico, Playmaker grita por mim e a Marta ouve. Quem era a Marta? A Marta não interessa. Interessou a amiga da Marta... Em boa hora ficaram bêbados nessa noite, estes rapazes.

Sudoeste 2003. Nada corria bem no maldito festival... Então olha, bebe. Playmaker foi o orgulho, até já cerveja bebia. Bebia cerveja, estragava-me os engates, ria, ria... No fim achou que o sitio era seguro e que uma mala cheia de carteiras e telemoveis podia muito bem ficar fora da tenda. Bandidos... Já não se pode confiar neles. No dia seguinte a ressaca foi desidratação, frustração e policia de 100fontes.

Algures num tempo mais proximo foi a do vinho velho, nas Primas. Com o Brasuca a motivar e a Prima a encher o copo a bebedeira tomou proporções incriveis, gigantes. Acabou no PD de 2003... Só me lembro de acordar com o olhar reprovador de senhoras carregadas com compras de sábado.... Esta juventude! Acordámos enregelados, cheios de fome e enjoados. Ainda hoje me dá náuseas o cheiro a croissants quentes no sitio onde tomámos o pequeno almoço...

Já ia a contar mas não tenho mais dedos na mão.

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